Após dois anos de recuperação econômica (2015-16), em 2017, recuperação de crédito e um ano eleitoral (2018), projeções apontadas para 2019 como um ano de recuperação da economia e oportunidades para empresas.

1 – Vários analistas financeiros apontam crescimento de diversos indicadores da economia brasileira, como por exemplo, o PIB, que representa o total de riqueza produzida pelo país.

A última publicação do relatório do PIB estima um crescimento de 2,5% para 2019 (com expectativa da reforma da previdência), contra um crescimento de 1,36% em 2018. Isso representa um aumento de R$ 166 bilhões a mais na economia.

O empreendedor que precisou adotar uma política austera para baixar os preços e sobreviver à ventania da crise, agora terá que levantar as velas se quiser velejar nas ondas do crescimento. Em tempos de alta na economia, se destaca quem investe em eficiência e qualidade para atrair novos clientes e fidelizar os da casa.

2 – Outro indicador importante para mensurarmos o crescimento é o do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que mede a variação dos preços tanto de matérias-primas para indústria e agricultura como de alimentos de supermercado. Em 2019 a projeção é de 4,5%, contra 9,44% de 2018.

Para o gestor de empresa, uma taxa de inflação regulada significa maior segurança para calcular rendimentos futuros. Nesse sentido, 2019 será o ano mais seguro para investir na expansão do seu negócio se comparado com os últimos cinco anos, pois a inflação esperada continua caindo, em vários horizontes de tempo.

Além disso, inflação regulada representa aumento no poder real de compra da população assalariada e, conseqüentemente, aumento no consumo.

3 – O Brasil já é o 4º maior destino de investimento estrangeiro. Na América Latina, nove das dez maiores aquisições por parte de empresas estrangeiras em 2017 ocorreram no Brasil, sendo que sete envolveram compradores chineses.

Segundo o Banco Central, estima-se que em 2019 o país receberá US$ 72 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED). O nível de capital circulando tem impacto significativo nos negócios e o aumento de investimentos estrangeiros gera mais empregos, melhora a infraestrutura, e aumenta a modernização.

4 – Diretamente relacionado ao investimento estrangeiro, estima-se que o dólar custará em média R$ 3,80 em 2019.

Para as empresas que dependem de importações, o aumento do dólar pode exigir uma mudança na estratégia de insumos ou precificação. Por outro lado, empresas que exportam seus produtos ganham com a flutuação do dólar para cima.

 

Mais uma vez, cabe ao gestor se preparar para a flutuação cambial. Seja para se esquivar das ameaças ou aproveitar as oportunidades.

5 – A taxa básica de juros da economia brasileira, a Taxa Selic, é utilizada como referência para o cálculo das demais taxas de juros cobradas pelo mercado. Para 2019, a previsão do Banco Central é que a Taxa Selic suba para 8%. Atualmente, ela se encontra em 6,5%.

Para o empreendedor, isso significa uma maior dificuldade na obtenção de crédito, além de diminuição do consumo por parte da população. E o gestor deve pensar a longo prazo para resistir às oscilações do mercado, fortalecendo sua marca, fidelizando clientes, diversificando produtos, etc

6-  O déficit público, que é formado pelo cálculo das receitas menos despesas do governo sem considerar gastos com juros, é de R$ 115,5 bilhões para 2019, contra R$ 131 bilhões previstos para 2018. A redução se deve, sobretudo, aos cortes previstos nos gastos do governo.

O equilíbrio das contas públicas é um indicador fundamental para avaliação do mercado internacional em relação ao “risco Brasil”. Por isso, essa redução no déficit público representa o aumento da oportunidade de investimentos no país.

Esses são alguns dos principais indicadores econômicos nacionais. Segundo eles, as expectativas de 2019 são de um ano de mais de oportunidades do que de ameaças para as empresas. Para além das projeções, o certo é que o planejamento, e principalmente as PESQUISAS DE MERCADO,  continuam sendo a melhor ferramenta para que empresas atuem de forma intencional com o objetivo de se beneficiarem ao máximo.